quarta-feira, 24 de setembro de 2014

Hospital Regional bate recorde de cirurgias

Hospital Regional bete recorde de cirurgias Desde que ativou o centro cirúrgico, em abril de 2012, até agosto deste ano, o Hospital Regional de Lagarto já realizou quase 2.500 cirurgias. Deste total, a ortopedia foi responsável por 72% dos procedimentos, o equivalente a quase 1.800 cirurgias. Somente em 2014, já foram realizadas 641 cirurgias ortopédicas. Nesse mesmo período, também já foram feitas quase 700 procedimentos gerais, como de apendicectomia e de hérnias encarceradas. Na área de ortopedia, a unidade vem se consolidando como uma referência não apenas para Lagarto e região Centro-Sul, mas também para outras quatro microrregiões de Saúde definidas administrativamente pela Reforma Sanitária (Alto Sertão, Agreste Central e Sul Sergipano), além de municípios baianos que fazem divisa com Sergipe, como Paripiranga, Nova Soure, Adustina, Fátima, Rio Real, dentre outros. “O Hospital Regional de Lagarto é o segundo da rede que mais realiza cirurgias ortopédicas de urgência e emergência no Estado, atrás apenas do Hospital de Urgência de Sergipe [Huse], na capital. Portanto, contribui significativamente para reduzir a sobrecarga no Huse, cumprindo assim o seu papel de referência hospitalar em urgência e emergência nessa especialidade”, ressalta o diretor técnico do HRL, médico Fernando Carbonera. Com uma equipe de ortopedistas que se revezam em escalas diariamente no atendimento inicial e no Centro Cirúrgico, o HRL atende a pacientes de praticamente todo estado, sejam referenciados pelo próprio Huse, mas também que necessitam de revisões pós-cirúrgicas e cirurgias programadas, procedentes de vários municípios sergipanos, tanto do Centro-Sul de Sergipe, como Tobias Barreto, Salgado e Simão Dias, quanto de outras regiões, a exemplo de Estância e Boquim (Sul), Propriá e Neópolis (Baixo São Francisco), além de Nossa Senhora da Glória (Alto Sertão), dentre outros. O hospital realiza, em ortopedia, vários tipos de cirurgias, como as de punho, antebraço, braço, clavícula, tíbia, fêmur, tornozelo, dentre outras. Elas beneficiam usuários do SUS como a aposentada Maria Salustiana de Jesus, de 76 anos, natural de Tomar do Geru, município da região Sul do Estado. “Escorreguei na calçada e acabei quebrando o punho. Há três meses vinha sofrendo, pois esses fixadores ‘judiam’ muito. Mas graças a Deus agora já estou livre deles e só tenho a agradecer o bom atendimento que tive aqui”, disse a aposentada. De acordo com o superintendente da unidade, enfermeiro Oldegar Alves Júnior, além da ortopedia, o HRL também tem um papel decisivo para outros atendimentos de urgência e emergência, incluídas as cirurgias gerais. “Recebemos pacientes de todo o estado, para procedimentos de urgência e emergência, observando-se o perfil do nosso serviço, como vítimas de ferimentos por arma branca e de fogo, apendicites e outras urgências cirúrgicas não específicas às particularidades de algumas especialidades médicas”, disse. De janeiro a agosto, o HRL já atendeu 55 pessoas vítimas de arma branca e outras 40 por arma de fogo. Ele destaca a importância do HRL, nesses poucos mais de quatro anos em funcionamento, para garantir o acesso da população sergipana a serviços de urgência e emergência regionalizados, evitando-se os deslocamentos de pacientes para a capital, como ocorria antes da existência da unidade. “No que se refere ao usuário do SUS, a implantação do HRL tem evitado prejuízos de toda ordem, pois a sua inexistência impactaria diretamente na condução terapêutica e no tratamento em si do paciente, que estaria mais sujeito a muitos riscos, inclusive de óbito”, salienta. Oldegar Junior ressalta, ainda, que a falta de uma unidade do porte do HRL traria também impactos negativos para toda a rede estadual de urgência e emergência do Estado. “Outro aspecto se refere ao impacto sobre a estrutura funcional da rede e do próprio Huse, com aumento da superlotação e da sobrecarga de trabalho dos profissionais de saúde que atuam no maior hospital público de Sergipe”, salientou.

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