terça-feira, 11 de outubro de 2011

Homofobia começa em Casa

É dentro de casa que gays sofrem mais homofobia
Levantamento no estado mostra que a maioria das vítimas de preconceito na capital já foi agredida por parentes e amigos. É em casa, onde deveriam se sentir seguros, que homossexuais mais sofrem violência no Rio. Levantamento feito pela Superintendência de Direitos Individuais, Coletivos e Difusos, da Secretaria de Direitos Humanos do estado, revela que a maioria das vítimas de homofobia na capital já foi agredida por parentes e amigos. Hoje, a 16ª Parada Gay em Copacabana celebra conquistas e chama atenção para o preconceito que ainda existe. Rejeitado pela mãe por ser gay, o ativista Felipe Gomes, 30 anos, conta que já foi mantido em cárcere privado e isolado da família dentro de casa. “Ela me manteve trancado por 20 dias num cômodo nos fundos da nossa casa. Não me deixava nem usar o mesmo banheiro que meus irmãos. Minhas roupas de cama, de banho, tudo era separado como se estivesse contaminado por alguma doença que ela não queria que fosse transmitida para a família”, lembra ele, salvo de seu martírio pelo pai. “Quando ele soube, me levou para viver com ele. Hoje consigo ver que minha mãe foi tão vítima quanto eu, porque a homofobia foi embutida nela por essa nossa sociedade machista. Só espero que, assim como ela aprendeu a me aceitar, a sociedade também aprenda”, diz. No levantamento feito pelo governo do estado, o local de trabalho aparece em segundo lugar nas estatísticas de atendimentos do Centro de Referência da Cidadania LGBT da capital.

Nenhum comentário: