terça-feira, 19 de fevereiro de 2019

Cerca de 4 milhões de mulheres nunca foram ao ginecologista


Divulgado nesta terça-feira   pesquisa "Expectativa da Mulher Brasileira sobre sua vida sexual e reprodutiva" revela que a falta de prevenção é realidade para um ainda grande contingente de mulheres


Saúde da mulher
Estudo aponta ainda que 6,5 milhões de mulheres não costumam se examinar com ginecologistas
São Paulo – Uma pesquisa da Federação Brasileira das Associações de Ginecologia e Obstetrícia (Febrasco) realizada em parceria com o Instituto Datafolha apontou dados preocupantes em relação à falta de prevenção da saúde sexual e reprodutiva da mulher: pelo menos 6,5 milhões afirmaram que não costumam ir ao ginecologista-obstetra, quatro milhões nunca foram a uma consulta e pouco mais de 16 milhões de mulheres não se examinam com esse especialista há mais de um ano.
O estudo, divulgado nesta terça-feira (12), também chamou atenção para a média de idade da primeira consulta, considerada alta. As mulheres têm procurado somente a partir dos 20 anos pela especialidade e, normalmente, a gravidez ou a suspeita dela são as principais razões.
Para o presidente da Febrasco, César Eduardo Fernandes, a restrição de acesso aos profissionais, ou ainda, convicções de natureza pessoal, podem responder pela falta de prevenção que preocupa também por ser apontada como a principal razão para a alta incidência de câncer no colo do útero entre as brasileiras.
Entre as mulheres que procuraram pelo ginecologista, destaca-se o atendimento feito pelo Sistema Único de Saúde (SUS), procurado por quase 60% delas. "Lá ela encontra o seu ginecologista e obstetra e é acolhida", observa Fernandes. A pesquisa aborda também a questão da interrupção da gravidez: sete em cada 10 mulheres defendem que a decisão deveria caber somente a elas.



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