Divulgado nesta terça-feira
pesquisa "Expectativa da Mulher Brasileira sobre sua vida sexual e
reprodutiva" revela que a falta de prevenção é realidade para um ainda
grande contingente de mulheres
São Paulo – Uma pesquisa
da Federação Brasileira das Associações de Ginecologia e Obstetrícia
(Febrasco) realizada em parceria com o Instituto Datafolha apontou dados
preocupantes em relação à falta de prevenção da saúde sexual e
reprodutiva da mulher: pelo menos 6,5 milhões afirmaram que não costumam
ir ao ginecologista-obstetra, quatro milhões nunca foram a uma consulta
e pouco mais de 16 milhões de mulheres não se examinam com esse especialista há mais de um ano.
O estudo, divulgado nesta terça-feira (12), também chamou
atenção para a média de idade da primeira consulta, considerada alta. As
mulheres têm procurado somente a partir dos 20 anos pela especialidade
e, normalmente, a gravidez ou a suspeita dela são as principais razões.
Para o presidente da Febrasco, César Eduardo Fernandes, a
restrição de acesso aos profissionais, ou ainda, convicções de natureza
pessoal, podem responder pela falta de prevenção que preocupa também por
ser apontada como a principal razão para a alta incidência de câncer no
colo do útero entre as brasileiras.
Entre as mulheres que procuraram pelo ginecologista,
destaca-se o atendimento feito pelo Sistema Único de Saúde (SUS),
procurado por quase 60% delas. "Lá ela encontra o seu ginecologista e
obstetra e é acolhida", observa Fernandes. A pesquisa aborda também a
questão da interrupção da gravidez: sete em cada 10 mulheres defendem que a decisão deveria caber somente a elas.
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