segunda-feira, 9 de janeiro de 2012

Implante Mamário

A Anvisa (Agência Nacional de Vigilância Sanitária) pode ser envolvida em uma ação coletiva de pedido de indenização por causa das próteses de silicone francesas defeituosas vendidas no país. A advogada Soraya Casseb de Miranda Barbosa, de São Paulo, diz que está buscando um grupo de pacientes com os implantes da Poly Implant Prothèse para elaborar a ação, envolvendo a Vigilância Sanitária brasileira e o governo francês. Soraya é mulher do cirurgião André Luis de Miranda Barbosa, que tem consultório em São Paulo. Ele afirma que colocou as próteses francesas em cerca de cem mulheres, antes do veto à venda desse silicone em 2010. "Quem foi desonesta foi a Anvisa. Eles tinham que fiscalizar e não fiscalizaram. É como quando você compra um xarope, você acha que a Anvisa analisou a medicação." A Vigilância Sanitária afirma que não cabe a ela fazer a análise laboratorial, só checar a documentação apresentada pela importadora. A advogada já havia entrado com uma ação de uma paciente de Barbosa, que teve a prótese do seio esquerdo rompida no ano passado.
O alvo foi a EMI Importação e Distribuição, que vendia as próteses PIP no Brasil. Por força de liminar, a empresa pagou custos das cirurgias de remoção e de troca do implante. "A empresa fechou, não paga mais nada. Quem paga a remoção das próteses das outras mulheres?" Por enquanto, elas estão arcando com os custos sozinhas. Um par de próteses vale, em média, R$ 1.500. Os hospitais cobram cerca de R$ 2.500, e o médico pode variar de R$ 1.000 a R$ 10 mil. Mas alguns cirurgiões não cobram honorários nesses casos.

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