Segundo a Organização Mundial da Saúde (OMS), a enxaqueca é
a 10ª doença mais incapacitante e acomete em torno de 15% da população mundial.
No Brasil são aproximadamente 30 milhões de pessoas que sofrem da doença. E não
faltam motivos que podem desencadear o problema: estresse, obesidade, sono
inadequado, jejum, alguns alimentos, cheiros fortes, tempo seco, entre outros. A
enxaqueca ainda é mais comum entre as mulheres, pois além de fatores ambientais
e emocionais, elas tem também os fatores hormonais.
Na enxaqueca, a dor ocorre geralmente em um dos lados da
cabeça, é latejante ou pulsátil, dura de 4 a 72 horas e pode vir acompanhada de
náuseas e/ou vômitos, tonturas, intolerância à luz (fotofobia), barulho
(fonofobia), cheiros (osmofobia) e movimentos (cinetofobia).
Problemas da automedicação
Mas esse cenário já está
mudando. Novos tratamentos chegam ao país para combater um
dos erros mais comuns de quem sofre com a enxaqueca: a automedicação. A neurologista Dra. Célia
Roesler explica que há diversos tipos de tratamentos disponíveis no país de
acordo com o estágio da doença e o perfil de cada paciente. “o uso abusivo de
analgésicos sem prescrição médica pode transformar uma dor de cabeça que era
episódica em enxaqueca crônica com dores de cabeça quase diárias”, completa a
especialista.
Além de analgésicos,
anti-inflamatórios e vasoconstritores isolados ou associados para abortar a dor,
entre os tratamentos disponíveis atualmente no Brasil estão o uso da toxina
botulínica e a neuromodulação, que
permitem uma melhora na qualidade de vida das pessoas com enxaqueca, diminuindo
o uso de medicamentos.
Neuromodulação como alternativa
Quando se fala em
enxaqueca, a mais recente novidade é a neuromodulação. Um novo aparelho em
formato de arco que, ao ser colocado na
cabeça, gera pequenos estímulos elétricos ao nervo trigêmeo, principal causador
das dores de cabeça, e por meio desses impulsos, altera a forma que a dor é
assimilada.
O método
não invasivo e sem efeitos colaterais, é ideal para quem possui dores de cabeça
e crises de enxaqueca frequentes como: enxaqueca comum, enxaqueca com aura,
enxaqueca oftálmica, enxaqueca episódica, enxaqueca crônica, enxaqueca
menstrual, sinusite, dor na região anterior da cabeça e dor de cabeça
crônica.
Com duas opções focadas ao tratamento das cefaleias, a
primeira deve ser utilizada no momento da crise, voltada a melhora dos sintomas
reduzindo a intensidade da dor, já o segundo programa atua na prevenção de
enxaqueca e o
uso do aparelho deve ser diário, com sessões de cerca de 20 minutos, pois
seu uso frequente induz a uma diminuição da quantidade, intensidade ou
até mesmo o desaparecimento das dores. Os
efeitos são sentidos cerca de um ou dois meses depois. “Seu uso só deve ser
feito com acompanhamento médico”, sinaliza a Dra. Célia.
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