A crise econômica que atingiu o Brasil, consequentemente o
estado de Sergipe tem estimulado os sergipanos a diminuir seu endividamento
familiar, promovendo mais consciência e educação financeira na população. Os
resultados disso já são perceptíveis com a comparação do período dos últimos 12
meses analisados pela Federação do Comércio de Bens, Serviços e Turismo do
Estado de Sergipe (Fecomércio), na realização da sua última Pesquisa de
Endividamento e Intenção de Consumo (PEIC).
Para o comparativo, o período apresentado é o de julho e
agosto de 2016, relacionado com o mesmo período de 2017. O índice de
endividamento das famílias sergipanas caiu de 84,4% para 67,3%. No período
corrente do ano analisado, o índice perpassou pela casa dos 70%, seguindo
índice de descenso, entre setembro do ano passado e abril deste ano, culminando
com a maior baixa, em junho, com 67,2%, mantendo estabilidade com o índice
atual de 67,3%.
Dos 67,3% de sergipanos que se encontram em condição de
endividamento, a maior parte, 27,3% alegaram estar com alto volume de dívidas.
16,5% informaram ter condição média de endividamento, e 21,5% disseram ter
poucas dívidas. O número de pessoas que não estão com dívidas contraídas é de
32,7%, o que confirma a tendência de queda do endividamento. O aumento do
número de famílias que não possuem dívidas cresceu 110% em um ano, saindo de
15,6% em julho de 2016 para os atuais 32,7%.
Em um ano, também foi percebido uma sensível redução no
número de famílias com contas em atraso. Dentre o percentual de famílias
endividadas em agosto 2016, 41,1% estavam com dívidas roladas para após o
vencimento. Já em agosto deste ano, o número caiu para 27,6%.
O presidente da Fecomércio, Laércio Oliveira, destacou a importância
da redução no endividamento dos sergipanos, como fator fundamental para a
retomada do crescimento da economia do estado, considerando o consumo
consciente.
“O povo sergipano desenvolveu mais capacidade administrativa
com as contas de casa, pagando suas pendências e desenvolvendo o perfil do consumidor
consciente, o que faz com que tenhamos boas expectativas para o comércio nos
próximos meses. Isso, aliado à recuperação do número de empregos que está em
andamento, irá colocar novos consumidores no mercado e Sergipe aspira
sentimentos alvissareiros para os próximos meses. Estou confiante na
recuperação da economia sergipana”.
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